From prison cells to museums: tattooed bodies and memory politics (Brazil and Portugal, 20th century)
DOI:
https://doi.org/10.70198/rhp994Keywords:
Cell, museums, tattooed bodies, memory policies, prisonsAbstract
The historical trajectory of tattoos traces an arc from exoticization to marginalization, until reaching greater acceptance and social circulation in recent decades. This article begins with an analysis of two exhibitions, Cicatriz (Brazil, 1996) and O mais profundo é a pele (Portugal, 2017), which were built from institutional archives documenting tattoos on the bodies of incarcerated individuals. These collections, composed of photographic records and bodily fragments collected without consent, document practices of penal and scientific control targeting historically marginalized populations. Taking these exhibitions as a starting point, while also drawing on other national and international examples, we reflect on the ethical and political uses of prison heritage. The article proposes a critical discussion on the boundaries between memory and spectacle, questioning the risks of aestheticizing pain and fetishizing condemned bodies. By interrogating the ways in which these archives are displayed, we aim to contribute to the debate on historical and curatorial responsibility when dealing with archives marked by violence and erasure.
References
Agamben, G. (2008). O que resta de Auschivitz. São Paulo: Boitempo.
Barbosa, J. M. A. y Barbosa, M. A. (2013). As coleções arqueológicas e museológicas face às reivindicações internacionais: recuperação de objetos rituais, restituição e reinumação de restos mortais. Direito, Estado e Sociedade, nº43, 65-92. https://doi.org/10.17808/des.43.369
Borges, V. y Santos, M. S. (2019). O patrimônio prisional: estética do sofrimento, fetiche e reflexão. Revista Luso-brasileira de Artes e Cultura, Porto, v. 1, 82-97. http://dx.doi.org/10.21747/21843805/ta2n1a5
Crimino Corpus (11 jul 2016). Presentation. Clamour. https://criminocorpus.org/en/criminocorpus/english-presentation
Digital Panopticon (setembro 2017). Tattoos, 1793-1925. https://www.digitalpanopticon.org/Tattoos,_1793-1925
Draper, S. (2015). Against depolitization: Prison-museums, escape memories, and the place of rights. Memory Studies, vol. 8 (1), 62–74. https://doi.org/10.1177/1750698014552409
DW Made for Minds (2014). Munique proíbe exposição e autópsia pública. DW. https://www.dw.com/pt-br/tribunal-aprova-abertura-de-pol%C3%AAmico-museu-de-cad%C3%A1veres-em--berlim/a-18142879
Expresso 50 (04 jan 2014). Isto tem tanto de arrepiante como de fascinante. São os primórdios das tatuagens em Portugal. https://expresso.pt/sociedade/2017-04-01-Isto-tem-tanto-de-arrepiante-como-de-fascinante.-Sao-os-primordios-das-tatuagens-em-Portugal
Ferla, L. A. C. (2005). Feios, Sujos e Malvados sob Medida: do crime ao trabalho, a utopia médica do biodeterminismo em São Paulo (1920-1945). (Tese de Doutorado), FFLCH-USP, São Paulo, Brasil.
Foucault, M. (2010). Inquirição sobre as prisões: quebremos a barreira do silêncio. En: Ditos e escritos IV, editado por Manoel Barros da Motta. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Grognard, C. (1992). Tatouages: Tags à lâme. Paris: Syros Alternatives.
Fundação EDP (2016). Edgar Martins, silóquios e solilóquios sobre a morte, a vida e outros interlúdios. https://www.fundacaoedp.pt/pt/edicao/edgar-martins-siloquios-e-soliloquios-sobre-morte-vida-e-outros-interludios.
INMLCF (2017). Exposição de máscaras centenárias de rostos de enforcados. Universidade do Porto. https://tv.up.pt/uploads/attachment/file/872/Exposic_a_o_Reitoria_UPorto.pdf
Jeha, S. (2019). Uma história da tatuagem no Brasil: do século XIX à década de 1970. São Paulo: Veneta.
Kim, J. H. (2012). Exposição de corpos humanos: o uso de cadáveres como entretenimento e mercadoria. MANA, 18(2), 309-348. https://doi.org/10.1590/S0104-93132 012000200004
Machado, F. (04 mar 2014). Tatuagens extraídas de cadáveres na Polônia são tema de ensaio fotográfico. Portal UAI E+. https://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2014/04/03/noticia-e-mais,153234/tatuagens-extraidas-de-cadaveres-na-polonia-sao-tema-de-ensaio-fotogra.shtml
Montechiare, R. (2020). Pessoas mortas vivendo em museus: os ‘objetos-humanos’ do Museo Nacional de Antropología, de Madrid. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. Hum. vol.15, n.1, https://doi.org/10.1590/2178-2547-BGOELDI-2019-0056
Mude (2017). O mais profundo é a pele. Mude.PR. https://www.mude.pt/exposicoes/o-mais-profundo-e-a-pele-colecao-de-tatuagens-19104 0-instituto-nacional-de-medicina-legal-e-ciencias--forenses_77.html
Museo D’Arte Orientale (2018). Mostra Tattoo Arte Sulla Pelle, Mao Torino. https://www.maotorino. it/it/evento/mostra_tattoo-larte-sulla-pelle/.
Museo Lombroso (2018). Tattoo. L’arte sulla pelle. Museo di Antropologia Criminale Cesare Lombroso. https://www.museolombroso.unito.it/tattoo-larte-pelle
Pérez, A. L. (2006). A identidade à flor da pele: etnografia da prática da tatuagem na contemporaneidade. Mana, 12 (1), 179–206. https://doi.org/10.1590/S0104-93132006000100007
Raposo, L. (15 de maio 2023) “Restos humanos em colecções de museus: um tema complexo em que importa reflectir”. Patrimonio.PT. https://www.patrimonio.pt/post/restos-humanos-em-colec%-C3%A7%C3%B5es-de-museus-um-tema-complexo-em-que-importa-reflectir
Salla, F. (1999). As prisões em São Paulo. São Paulo: Annablume; Fapesp.
Sanz, J. C. (05 nov 2021). Israel suspende leilão de máquina usada para tatuar prisioneiros em Auschwitz. O Globo. https://oglobo.globo.com/mundo/israel-suspende-leilao-de-maquina-usada-para-tatuar-prisioneiros-em-auschwitz-25265173
Von Hagens Plastination (2023). Ethical Questions. Von Hagens Plastination. https://www.vonhagens-plastination.com/pages/medical-teaching-specimens/von-hagens-plastination.php/ethical-questions